PROTOCOLOS DE GESTÃO DA DOR APLICADOS POR ENFERMEIROS NO SERVIÇO DE URGÊNCIA: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
Resumo
Introdução: A dor é um desafio constante nos serviços de urgência, cuja gestão é um direito fundamental das pessoas e um dever dos profissionais de saúde. A sobrelotação destes serviços reforça a necessidade da implementação de protocolos de gestão da dor que possibilitem uma abordagem mais rápida, eficaz e sistemática, assegurando o alívio do sofrimento e uma melhor experiência global dos doentes.
O objetivo deste estudo é conhecer a evidência científica disponível sobre o impacto da existência de protocolos de gestão da dor, aplicados por enfermeiros, nos serviços de urgência.
Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, baseada na pergunta: “Qual o impacto da existência de protocolos de gestão da dor, implementados pelos enfermeiros, nos serviços de urgência?”. O processo de pesquisa realizou-se no mês de dezembro de 2023, utilizando a plataforma EBSCO Discovery Service, tendo sido utilizados descritores devidamente validados. Como critérios de inclusão foram considerados indivíduos com idade igual ou superior a 14 anos, estudos primários com texto integral e revistos por pares, com data de publicação dos últimos 5 anos (2019-2023). No final, após processo de análise foram selecionados 6 artigos.
Resultados/Discussão: Após análise dos 6 artigos constatou-se que a implementação de protocolos de gestão da dor gera uma redução do tempo de espera para o tratamento da dor, um alívio mais rápido e eficaz da dor e uma melhoria na experiência global do doente nos serviços de urgência.
Conclusões: A implementação de protocolos de gestão da dor tem um impacto significativo no alívio mais rápido e eficaz da dor e, consequentemente, na melhoria da experiência global do doente nos serviços de urgência.
Palavras-chave: Dor, Enfermeiros, Serviço de Urgência, Gestão da dor, Protocolos, Triagem
Referências
Sokoloff, C., Daoust, R., Paquet, J., & Chauny, J.-M. (2014). Is adequate pain relief and time to analgesia associated with emergency department length of stay? A retrospective study. BMJ Open, 4(3), 4288. https://doi.org/10.1136%2Fbmjopen-2013-004288
Salway, R., Valenzuela R, Shoenberger J, Mallon W, & Viccelio A. (2017). Emergency Department (ED). Revista Médica Clínica Las Condes, 28(2), 213–219.
Marconato, R., & Monteiro, M. (2017). Risk classification priorities in an emergency unit and outcomes of the service provided. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 25, e2974. https://doi.org/10.1590/1518-8345.2345.2974
Malfussi, L., Bertoncello, K., Nascimento, E., Silva, S., Hermida, P., & Jung, W. (2018a). Agreement of an institutional risk classification assessment protocol. Texto e Contexto Enfermagem, 27(1). https://doi.org/10.1590/0104-07072018004200016
Scher, C., Meador, L., Cleave, J., & Reid, M. (2017). Moving Beyond Pain as the Fifth Vital Sign and Patient Satisfaction Scores to Improve Pain Care in the 21st Century. Pain Management Nursing, 19(2), 125-129. https://doi.org/10.1016/j.pmn.2017.10.010;
António, C. (2017). Gestão da dor no Serviço de Urgência: práticas dos enfermeiros [Tese de Mestrado, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra]. Repositório Científico - Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. https://repositorio.esenfc.pt/rc/
Giusti, G., Reitano, B., & Gili, A. (2018). Pain assessment in the emergency department. Correlation between pain rated by the patient and by the nurse. An observational study. Acta Biomedica, 89(4), 64–70. https://doi.org/10.23750/abm.v89i4-S.7055
Parnass, A., Greenbaum, N., Glick, M., Halpern, P. (2016). Pain management framework in the emergency department: patterns in 40 emergency departments worldwide. European Journal of Emergency Medicine, 23(4), 311-314. https://doi.org/10.1097/MEJ.0000000000000299
Pierik, J., Berben, S., IJzerman, M., Gaakeer, M., Van Eenennaam, F., van Vugt, A., & Doggen, C. (2016). A nurse-initiated pain protocol in the ED improves pain treatmentin patients with acute musculoskeletal pain. International Emergency Nursing, 27, 3. https://doi.org/10.1016/j.ienj.2016.02.001
Dewhirst, S., Zhao, Y., MacKenzie, T., Cwinn, A., & Vaillancourt, C. (2017). Evaluating a medical directive for nurse-initiated analgesia in the Emergency Department. International Emergency Nursing, 35, 13–18. https://doi.org/10.1016/j.ienj.2017.05.005
Phillips, J., Jackson, B., Fagan, E., Arze, S., Major, B., Zenarosa, N., & Wang, H. (2017). Overcrowding and Its Association With Patient Outcomes in a Median-Low Volume Emergency Department. Journal of Clinical Medicine, 9(11), 911–916. https://doi.org/10.14740/jocmr3165w
Karcioglu, O., Topacoglu, H., Dikme, O., & Dikme, O. (2018). A systematic review of the pain scales in adults: Which to use?. The American journal of emergency medicine, 36(4), 707–714. https://doi.org/10.1016/j.ajem.2018.01.008
Sepahvand, M., Gholami, M., Hosseinabadi, R., & Beiranvand, A. (2019). The Use of a Nurse-Initiated Pain Protocol in the Emergency Department for Patients with Musculoskeletal Injury: A Pre-Post Intervention Study. Pain Management Nursing, 20(6), 639–648. https://doi.org/10.1016/j.pmn.2019.02.012
Regulamento nº 429/2018 da Ordem dos Enfermeiros. (2018). Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica à Pessoa em Situação Crítica. Diário da República: II série, nº 135, de 16 de julho de 2018, pp. 19362-19363. https://files.diariodarepublica.pt/2s/2018/07/135000000/1935919370.pdf
Bergallo, R. (2022, janeiro 18). PICO: como formular uma pergunta clínica?. Afia. https://pebmed.com.br/pico-como-formular-uma-pergunta-clinica/
Health Science Descriptors/Medical Subject Headings (s.d.). DeCS/MeSH - Health Science Descriptors. Virtual Health Library. https://decs.bvsalud.org/en/
Prisma (2020). PRISMA Flow Diagram. https://www.prisma-statement.org/prisma-2020-flow-diagram
Aromataris, E., & Munn, Z. (2020). JBI Manual for Evidence Synthesis. Joanna Briggs Institute. https://doi.org/10.46658/JBIMES-20-01.
Castner, J., & Boris, L. (2020). State Laws and Regulations Addressing Nurse-Initiated Protocols and Use of Nurse-Initiated Protocols in Emergency Departments: A Cross-Sectional Survey Study. Policy, Politics, and Nursing Practice, 21(4), 233–243. https://doi.org/10.1177/1527154420954457
Santos, M., Toscano, C., Batista, R., & Bohomol, E. (2021). Assessment of the implementation of a nurse-initiated pain management protocol in the emergency department. Revista Brasileira de Enfermagem, 74(3). https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1303
Hughes, J. A., Alexander, K. E., Spencer, L., & Yates, P. (2021). Factors associated with time to first analgesic medication in the emergency department. Journal of Clinical Nursing, 30(13–14), 1973–1989. https://doi.org/10.1111/jocn.15750
Muscat, C., Fey, S., Lacan, M., Morvan, C., Belle, L., & Lesage, P. (2021). Observational, Retrospective Evaluation of a New Nurse-Initiated Emergency Department Pain Management Protocol. Pain Management Nursing, 22(4), 485–489. https://doi.org/10.1016/j.pmn.2020.12.013
Rodríguez-Montalvo, J., Aranda-Gallardo, M., Morales-Asencio, J., Rivas-Ruiz, F., Jiménez-Cortés, Y., & Canca-Sánchez, J. (2020). Implantación de un protocolo de triaje avanzado de enfermería en el manejo del dolor moderado en urgencias. Emergencias, 32 (2), 100–145
DOI: http://dx.doi.org/10.60468/r.riase.2024.10(3).699.53-72
Apontamentos
- Não há apontamentos.