VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: INVESTIGAR PARA AGIR

Otília Brites Zangão, Isaura da Conceição Serra, Maria Laurência Gemito, Maria Felicia Tavares Pinheiro, Maria Dulce Magalhães, Maria Fátima Marques

Resumo


Objetivo: Conhecer a prevalência periódica e ao longo da vida, da Violência Doméstica nos adultos que recorreram aos serviços de saúde. Método: Estudo de natureza quantitativa epidemiológica. Amostra intencional e constituída pelas pessoas com 18 anos ou mais, num total de 648, que durante um período de três meses, acorreram a unidades funcionais que integram o Agrupamento de Centros de Saúde Alentejo Central. Recolha de dados realizada pelos profissionais de saúde, no decurso das suas intervenções e após formação específica, com recurso a um questionário. Parecer positivo da Comissão de Ética. Resultados: Idades dos participantes variam entre os 18 e os 91 anos com uma média de 45,73 anos, maioritariamente do sexo feminino e casados. Do total dos inquiridos 20,9% (143) já sofreram algum tipo de violência ao longo da vida e apenas 5% referiram ter sido vítimas de Violência Doméstica no último ano, em ambas as situações prevalece a violência psicológica. Relativamente ao agressor, a maior parte das vezes foi o marido/companheiro. Quanto à avaliação do risco, concluiu-se que a maior parte (25,8%) apresenta um score de 4, ou seja apresenta um risco variável. Conclusões: A análise dos dados permitiu concluir que as pessoas que sabem ler ou escrever, sem qualquer grau e as que têm entre 80-89 anos são as que estão mais expostas à Violência Doméstica. Salienta-se a combinação de vários tipos de violência, em simultâneo, nomeadamente a violência psicológica, física e financeira. Descritores: Violência; violência doméstica; saúde; redes comunitárias.


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DOI: http://dx.doi.org/10.24902/r.riase.2018.4(1).1263

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