MODELOS DE ACOMPANHAMENTO DO ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA

Lino Ramos, Lucília Nunes

Resumo


 Objetivo: Analisar na literatura científica disponível, sobre os modelos de acompanhamento em Ensino Clínico em Saúde Mental, realizando revisão sistemática da literatura com pesquisa nas bases de dados eletrónicas PubMed, a B-On, a plataforma EBSCO e a Scielo, assim como o Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. Metodologia: O presente trabalho consiste numa revisão sistemática da literatura (RSL). Foi primeiramente realizada uma pesquisa em bases de dados das palavras-chave, tendo os resultados sido filtrados de acordo com critérios de exclusão e inclusão e selecionados apenas as referências mais adequadas para dar resposta à questão de investigação que foram, posteriormente, submetidas a uma avaliação pelo CASPe. A amostra final inclui 11 artigos. Resultados: Nas últimas décadas, a formação dos estudantes de enfermagem tem sido alvo de várias mudanças e transformações, uma vez que é consensual que a formação se processa em momentos de formação teórica e momentos de formação na prática em ensino clínico. O ensino clínico é um espaço privilegiado para a aprendizagem dos estudantes de enfermagem. É nele que estes têm a possibilidade de desenvolver e mobilizar competências e construir conhecimento. A orientação de estudantes de enfermagem em ensino clínico tem sido  alvo  de  numerosas investigações nos últimos anos; a área de Saúde Mental e Psiquiatria (SMP) apresenta um papel relevante no desenvolvimento e construção da identidade do futuro profissional de enfermagem. No acompanhamento de estudantes em ensino clínico intervêm diversos atores dos quais se destacam: o estudante, o docente e o enfermeiro orientador, que assume especial preponderância no processo de desenvolvimento pessoal e profissional do estudante, tendo uma responsabilidade pedagógica, social e profissional. A prestação de cuidados em Ensino Clínico de SMP exige um leque alargado que permita ao estudante o desenvolvimento de várias vertentes, nomeadamente de criatividade, da comunicação terapêutica, da sua sensibilidade para o cuidar, de escuta, de empatia, e da capacidade de relacionamento interpessoal com a pessoa, equipa pluridisciplinar, família e comunidade e, fundamentalmente, o desenvolvimento de capacidades crítico-reflexivas e de pensamento crítico, que permitam a uma maior integração dos saberes. Conclusões: Os achados salientam o ensino clínico como sendo uma fase crucial da formação para a aquisição de competências e emerge daqui uma necessidade de existir uma supervisão, pelo que a supervisão clínica em enfermagem tem sido cada vez mais abordada e é reconhecida na literatura como crucial no percurso formativo do estudante. O sucesso do processo verifica-se mais facilmente se o orientador gostar de ensinar, tiver uma autoestima positiva, for rigoroso e imparcial, calmo, compreensivo, coerente e assertivo. Palavras-chave:  Enfermagem; enfermeiro orientador; estudante de enfermagem; ensino clínico; modelos de acompanhamento; saúde mental e psiquiátrica; supervisão pedagógica.


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DOI: http://dx.doi.org/10.24902/r.riase.2017.3(2).1014

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